terça-feira, 6 de novembro de 2012

Informações sobre o município Ibititá Bahia.

Informações sobre o município Ibititá Bahia.
Por; Edvania Bezerra de Lima


  Introdução

Ibititá pertence a lista dos  municípios da biosfera da caatinga. Surgiu com o nome de Rochedo, no final do século XIX, tendo sido fundado pelos irmãos Martiniano, Clemente e Benigno Marques Dourado, foi emancipado em 17/outubro1961 e passou a chamar-se Ibititá, que quer dizer água sobre as rochas e está localizado na microrregião de Irecê (cidade à qual pertencia), no centro norte baiano.
O clima e a fertilidade do solo fizeram, o Rochedo povoar-se rapidamente, atraindo pessoas de varias regiões, dispostos a trabalhar e progredir.
O município de Ibititá foi escolhido para este estudo por se tratar da localidade em que moro, como foi pedido no roteiro de estudos, da disciplina de Meio Ambiente I, do Curso de Pós graduação em Gestão Ambiental e por existirem poucos trabalhos relacionados a este município. Portanto, este estudo objetiva descrever a cidade de Ibititá, caracterizando o seu meio físico, meio biótico e o meio sócio-econômico.

Localização da Área

Ibititá esta localizada entre as coordenadas geográficas 11º 32’ 45’’ S e 41º 58 ‘ 15’W pertencente à mesorregião centro-norte baiano e à microrregião de Irecê, tendo como municípios limítrofes Lapão (Norte); Canarana e Barro Alto (Leste); Ibipeba (Sul); Uibaí e Presidente Dutra (Oeste), na Chapada Diamantina Setentrional, estado da Bahia, distante 497 Km de Salvador, apresentando uma área de  565 km² com altitude 782 metros.
A Região de Irecê localiza-se na porção Centro-Norte do Estado da Bahia, limitada a Oeste pelo rio São Francisco, a Norte pelos riachos do Ferreira e do Recife (afluentes do rio São Francisco pela sua margem direita), a Oeste pelo rio Jacaré ou Vereda e, a Sul. Possui um recorte irregular, incluindo partes dos terrenos elevados da Chapada Diamantina.
A área total da região é de 26.155 km2, correspondente a 4,6% da área da Bahia, tendo Xique- Xique, Itaguaçú da Bahia e Gentio do Ouro como os municípios mais extensos e Presidente Dutra e Irecê como os de menor área. Para uma população total da região de 372.994 habitantes, equivalente a 2,9% da população da Bahia, Gentio do Ouro e Itaguaçú registram as menores populações, enquanto Irecê e Xique-Xique abrigam mais habitantes. É composta pelos municípios de América Dourada, Barro Alto, Barra do Mendes, Cafarnaum, Canarana, Central, Gentio do Ouro, Ibipeba, Ibititá, Ipupiara, Irecê, Itaguaçú da Bahia, João Dourado, Jussara, Lapão, Mulungu do Morro, Presidente Dutra, São Gabriel, Uibaí e Xique-Xique perfazendo uma área de 26.730 km², correspondendo a 4,6% da superfície do estado da Bahia.


3 Meio físico

  • Clima

O municipio de Ibititá apresenta clima tropical semi-árido com temperaturas cuja média anual varia de 17,9ºC a 27,6ºC, e o índice de precipitação anual varia de 342 mm a 1.178 mm. Os  períodos de chuvas perduram de três a quatro meses, tendo oito meses de estiagem.

  • Relevo

O municipio localiza-se entre áreas altas e planas que formam a Chapada Diamantina e é composto da Chapada de Irecê, Serras da Borda Ocidental do Planalto da Diamantina, mantendo-se suavemente ondulado com algumas depressões.

  • Hidrografia

O Nordeste possui importantes bacias hidrográficas, dentre as quais podemos destacar a Bacia do São Francisco que é a principal da região, formada pelos Rios São Francisco e seus afluentes.
Os dois maiores rios da região, são o Rio Verde e o Rio Jacaré, que nascem na Chapada Diamantina e deságuam no São Francisco. Têm regime intermitente e também apresentam vazões cada vez menores. Estão presentes também no município os rios Vereda Romão Gramacho, Riacho do Bonito e Riacho de Jau.
A água é escassa, especialmente nos chapadões e parte interna da Chapada, a drenagem, pouco densa, é do tipo dendrítica ou retangular, geralmente com regime torrencial nos tempos de chuva (novembro a abril), com leitos secos na maior parte do ano. As águas, mais perenes nos drenos íngremes das bordas laterais da Chapada, alimentam o rio Verde (a oeste da Bacia de Irecê) e o rio Jacaré ou Vereda (a leste da Bacia).
Para uso da população, a água provém da barragem de Mirorós (no rio Verde, a 62 km de Irecê) e, para uso industrial e agrícola, a água é subterrânea, obtida através de poços tubulares a profundidades de 70 a 100 m, com vazões da ordem de 30.000 L/h. Além da barragem de Mirorós, existem vários outros açudes para acúmulo de água para uso urbano, incluindo os de Ibititá. (Ver anexo II)

  • Tipos de solo e aptidões dos solos

O municipio apresenta solos do tipo latossolo vermelho-amarelo distrófico, solos litólicos distróficos, latossolo vermelho-amarelo entrófico e cambissolo entrófico.
Os solos são rasos, avermelhados, areno-argilosos e de excelente qualidade, algumas vezes naturalmente enriquecidos em fosfato, com profundidade média oscilando em torno de 1 a 2 m, e afloramento de arrecifes de acordo com as informações disponibilizadas pela EBDA (Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola), de textura variável, com boa estrutura e boa drenagem .
O Território pertence ao Bioma Caatinga e aí é possível observar os subsistemas Platô de Irecê, com alturas geográficas médias de 700 m, ocupando cerca de 60 % da região, com solos extremamente férteis, mas dependente da limitada oferta de água de chuva e da água subterrânea e os terrenos são quase integralmente preparados para a agricultura pouco restando da vegetação original (caatinga de sertão e capoeiras).



4 Meio Biótico

  • Vegetação

No município a vegetação é classificada como caatinga arbórea aberta, sem palmeiras. Apresenta uma formação de vegetais xerófitos (vegetais de regiões secas), árvores baixas e arbustos que, em geral, perdem as folhas na estação das secas (espécies caducifólias), além de muitas cactáceas.
O aspecto geral da vegetação, na seca, é de uma mata espinhosa e agreste, poucas espécies não perdem as folhas na época da seca, mas ao caírem as primeiras chuvas no fim do ano, a vegetação perde seu aspecto rude e torna-se rapidamente verde e florida. Algumas das espécies mais comuns da região são a emburana (Amburana cearensis L.) a aroeira, (Myracrodruon urundeuva A.), o umbu (Spondias tuberosa L.), a baraúna (Schinopsis brasiliensis Engl.), a macambira (Bromelia laciniosa), o mandacaru (Cereus jamacaru), o juazeiro (Zizyphus joazeiro Mart.) e o aveloz (Euphorbia tirucalli L.).

Com uma vegetação também agrícola, predominando como principal aspecto paisagístico, as pastagens de pequeno e médio porte, entremeadas com vegetação nativa, na sua maioria, secundária.
Apesar de ainda rica, a flora dessa região, vem sofrendo perdas consideráveis pela ocupação antrópica. Destacam-se como principais ações que desfigura a fitofisionomia, o extrativismo de madeira e minérios, a agricultura. Estas atividades antrópicas, difundidas por toda a área em seus diferentes graus de intervenção, determinam um mosaico dos principais grupos florísticos. ( Ver anexo III)

  • Fauna

A fauna da região é pouco estudada, mas é possível observar a existência de espécies de mamíferos, répteis, lagartos e uma grande variedade de cobras, espécies de anfibenídeos (espécies de lagartos sem pés), de anfíbios anuros, aranhas, de aves como periquitos, pica-paus, grande número de pombas, inhambus, jacú, beija-flores, curiangos, urutáguas, arapongas e sabiás, garças pardas e brancas, sabiá laranjeira, azulão, bicudo, bem-te-vi, curió, cardeal e pardal.
            Na ordem dos insetos, uma porção de borboletas de variadas cores, agrupadas em grande número, mas sem que a de uma coloração se misturasse com a da outra, moscas e mosquitos de deferentes qualidades, abelhas silvestres, como também muitos insetos de interesse ecológico, fitosanitário e agropecuário (parasitas em particular), peixes como: curimatá, tilapias, traira, piau e piabas que apresentam-se em grande quantidade, na região e também muitos vermes de interesse ecológico no solo, bactérias e fungos assim como de protozoários, moluscos, crustáceos e nematóides

·         Espécies ameaçadas de extinção
A fauna do município sofre grandes prejuízos tanto por causa da pressão e da perda de hábitat bem como em razão da caça e da pesca sem controle. Também há grande pressão da população regional no que se refere à exploração dos recursos florestais.
É possível identificar algumas espécies ameaçadas de extinção como a Picumnus fulvescens (Picidae); Megaxenops parnaguae (Furnariidae), Formicivora iheringi (Thamnophilidae, destaca-se também a ocorrência de espécies em extinção, como o próprio gato-do-mato, o gato-maracajá, o patinho, a jararaca e a sucuri-bico-de-jaca.

Meio sócio-econômico

  • População
A população total de Ibititá é de 17.972, segundo dados do IBGE do ano 2007, com uma população urbana de aproximadamente de 8.060, e uma população rural de 9.845.

  • Atividades econômicas
As principais atividades econômicas da área consistem em agricultura e mineração. Na produção agrícola destaca-se o cultivo de mamona e produção expressiva de milho e feijão). No setor de bens minerais é produtor de mármore. Seu parque hoteleiro registra 20 leitos. No ano de 2001 o município registrou 4128 consumidores de energia elétrica com um consumo de 10.212 mWh. Segundo dados da SEI, o PIB do município para 2003 foi de R$34,75 milhões, sendo 37,05 % para agropecuária, 6,55% para indústria e 56,40% para serviços.

  • Saúde

O município de Ibititá apresenta um total de nove estabelecimentos de saúde, dos quais oito municipais e um privado. Sete Postos de Saúde um Centro de Saúde (inclusive Unidade de Saúde da Família), um hospital, 58 leitos hospitalares, nove leitos obstétricos, 15 pediátricos, 12 leitos clínicos e 22 leitos cirúrgicos.
A expectativa de vida no município é de 68 anos para homens e de 78 anos para as mulheres. As causas de mortalidade da população em geral são: doenças infecciosas e parasitárias, neoplasias, doenças do aparelho circulatório, doenças do aparelho respiratório, afecções originadas no período pré-natal.

  • Educação

O sistema educacional de Ibititá conta com 32 Escolas de ensino fundamental, uma pública estadual,e 30 escolas pública municipal de Ensino fundamental e uma escola privada de ensino fundamental,  uma escola pública estadual de ensino médio e 30 Escolas pública municipal com ensino pré-escolar.
Segundo os dados do ano de 2006 da Secretaria de Educação da cidade, 3.843 é o total de  matrícula feitas no  Ensino fundamental, 933 no Ensino médio e 900 matrículas no Ensino pré-escolar. Com um total de docentes igual a 196 do ensino fundamental, 29 do  Ensino médio e 65 docentes no ensino pré-escolar.





2 comentários:

  1. Muito obrigado pelas informações fornecidas sobre o município de Ibititá, foram de grande valia para meu trabalho.
    Sugiro colocá-las no Wikipédia, pois demorei muito para encontrar o blog, lá o acesso é mais fácil.

    Atenciosamente,
    Larissa D.

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