O lindo painel repleto de figuras em vermelho
que configura a “Pedra Escrita”, a realidade superou minha imaginação. Não podia imaginar que no Brasil existissem pinturas mais bonitas que as de Lascaux e Altamira.
Gaspar (2003:9)
O que hoje é conhecido como Brasil
está repleto de testemunhos arqueológicos, que formam peças de um grande
quebra-cabeça para evidências da colonização
humana no nosso continente. Entre esse testemunhos temos um tipo em
especial,”em decorrência do seu apelo estético, destaca-se entre os demais”,
como afirmaria MaDu Gaspar (2003:8), estão são as pinturas e gravuras
rupestres, plasmadas nas paredes de grutas, abrigos, paredões, canyons, lapas, lagedos.
A referência bibliográfica mais antiga
de uma gravura rupestre no
Brasil, segundo Gabriela Martin (1996:235), data do ano de 1598,quando
Feliciano Coelho Carvalho, Capitão-mor
da Paraíba, junto ao rio Arasoagipe, encontrou gravuras que ele considerou “uma cruz , caveiras de defunto e desenho de rosas
e molduras” referidas nos Diálogos das Grandezas do Brasil, de Ambrósio Fernandes Brandão, 1618.
É na região Nordeste que esse tipo de vestígio se encontra em abundância,
sendo fundamentais “para compreensão dos processos sócio-históricos pelos que
passaram os grupos pré-coloniais” como diz Etchevarne em “Memória do Seminário
Arte Rupestre no Nordeste do Brasil.” Os estudos sistemáticos de arte rupestre
começam na década de sessenta.Na
Bahia, Valentin Calderón iniciou a
primeira tentativa de um inventário de sitios situadas na região da Chapada
Diamantina, onde cadastrava e classificava de acordo com os motivos representados. Já no
começo dos anos 70 que Niéde Guidon junto com Anne-Marie Pessis começam um estudo permanente acerca desse
grafismo em São Raimundo Nonato no Piauí e, na década de 80, Gabriela
Martin inicia esse estudo no Rio Grande do Norte, na região do Seridó.
Foi nessa época, década de 80, que foi criado Parque Nacional da Serra da Capivara, o que
desenvolveu muito a pesquisa, e, assim, houve um grande desenvolvimento dos
conhecimentos acerca das pinturas rupestres, e ainda, intensificou a a
preservação ambiental e também dos sítios arqueólogicos, tornando uma
referência tanto nacionalmente, quanto internacionalmente. Esse projeto teve como consequência a
formação de projetos educacionais, desenvolvimento sustentável, entre outras
consequência que influênciaram muito na vida da população daquela região,
principalmente na sócio-econômica.
Niède Guidon fala na Memoria do Seminário Arte Rupestre no Nordeste do Brasil (2006:66,67) das dificuldades que passaram para conseguir fazer daquela área um parque. Foi em 1979 que o Ministério de Meio Ambiente criou o parque, a idéia era de criar também o Parque das Serras da Confusões que era rota migratória dos animais na época de estiagem, mas não foi atentido ese projeto na época. Imaginava-se que o Ibama iria tomar conta do local, porém passaram-se cerca de 10 anos e não foi nomeado nenhum funcionário e o Parque começou a ser devastado da mesma forma de antes, com isso foi necessário construir a Fundação Museu do Homem Americano, que além de construir um museu para a cidade e planejar o manejo do Parque. Esse manejo foi feito tendo como base outros parques em várias regiões do mundo. Embora não é bem assim que funciona, enquanto um parque no porte do da Serra da Capivara em outros lugares do mundo conta com centenas de funcionário, aqui não conta-se com mais que 5,equipamentos são insuficientes.Mas a parte de concientização teve êxito, incluse implataram recentemente o curso de Arqueologia na região, garante-se assim, a continuidade nas pesquisas e, almeja-se, que também na preservação.
Niède Guidon fala na Memoria do Seminário Arte Rupestre no Nordeste do Brasil (2006:66,67) das dificuldades que passaram para conseguir fazer daquela área um parque. Foi em 1979 que o Ministério de Meio Ambiente criou o parque, a idéia era de criar também o Parque das Serras da Confusões que era rota migratória dos animais na época de estiagem, mas não foi atentido ese projeto na época. Imaginava-se que o Ibama iria tomar conta do local, porém passaram-se cerca de 10 anos e não foi nomeado nenhum funcionário e o Parque começou a ser devastado da mesma forma de antes, com isso foi necessário construir a Fundação Museu do Homem Americano, que além de construir um museu para a cidade e planejar o manejo do Parque. Esse manejo foi feito tendo como base outros parques em várias regiões do mundo. Embora não é bem assim que funciona, enquanto um parque no porte do da Serra da Capivara em outros lugares do mundo conta com centenas de funcionário, aqui não conta-se com mais que 5,equipamentos são insuficientes.Mas a parte de concientização teve êxito, incluse implataram recentemente o curso de Arqueologia na região, garante-se assim, a continuidade nas pesquisas e, almeja-se, que também na preservação.
Charleandro Machado
Referências:
- ETCHEVARNE, Carlos. Escrito na Pedra: cor, forma e movimento
nos grafismos rupestres da Bahia. Rio de Janeiro, Odebrecht, 2007.
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(org.). Memória do Seminário Arte
Rupestre no Nordeste do Brasil: pesquisa, preservação e gestão de sítios
arqueológicos de pinturas e gravuras rupestres. Salvador, Fast Design,
2006.
- GASPAR, MaDu. A arte Rupestre no Brasil. Rio de
Janeiro, Jorge Zahar Ed. 2003.
- GUIDON, Niède. In: As ocupações pré-históricas do Brasil.
In: CUNHA, Manuela Carneiro da. História
dos Índios no Brasil. São Paulo,
Editora Cia da Letras, 1998.
- MARTIN, Gabriela. Pré História do Nordeste do Brasil. Recife,
UFPE, 1996.
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