sábado, 29 de junho de 2013

Revolução ambiental. Zá Maria do Tomé

UNEB - UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA
DCHT CAMPUS XVI – IRECÊ
PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO E MEIO AMBIENTE
COMPONENTE: DEVASTAÇÃO FLORESTAL
DOCENTE: EDVALDO

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhtNQlPbv3M6kcXKCtVdNncCtbvYPJpjV1cJxcM6h6dzrHss_m9MUoAqeCkKwV0kKI1AStibuenLYJdX1txbzdpSaRfCOu3XEG54itEhPqgpF5mV5pin-PSZW6oTDHRw5sFGtoRptlMiDIx/s400/uneb.jpg


DISCENTES: ANDRÉ PIRES MACIEL; CÁSSIO CUNHA DOURADO, TÁBATA FIGUEIREDO DOURADO, MARCOS LEAL, KELI CARINE NUNES, EDIMAR, CHARLEANDRO MACHADO E CLARISSA BASTOS.







A HISTÓRIA DE
ZÉ MARIA DO TOMÉ





Irecê – Ba
Janeiro/2013


DISCENTES: ANDRÉ PIRES MACIEL; CÁSSIO CUNHA DOURADO, TÁBATA FIGUEIREDO DOURADO, MARCOS LEAL, KELI CARINE NUNES, EDIMAR, CHARLEANDRO MACHADO E CLARISSA BASTOS.





A HISTÓRIA DE
ZÉ MARIA DO TOMÉ






Este trabalho visa demonstrar a história de Zé Maria do Tomé, líder comunitário, ambientalista e microempreendedor da Chapada do Apodi , (CE).
  

Irecê – Ba
Janeiro/2013

Presidente da Associação dos Desapropriados Trabalhadores Rurais Sem Terra da Chapada do Apodi, José Maria morreu aos 44 anos, deixando esposa e três filhos. Combativo, junto com a organização comunitária do Tomé, denunciou a contaminação indiscriminada por agrotóxicos da água consumida pela comunidade, o problema de moradia enfrentado por uma parte das/os trabalhadas/res rurais da região, e a apropriação indevida de terras pertencentes à União por empresas de agroexportadoras de frutas.
Pouco antes do assassinato, a comunidade do Tomé travava uma forte batalha contra a pulverização aérea. Em 2009, haviam conseguido aprovar uma lei municipal proibindo esse tipo de pulverização, entretanto, a pressão de políticos e interesses econômicos levou o prefeito de Limoeiro – também fruticultor - a apresentar outro projeto de lei para revogar a conquista popular encampada por Zé Maria. Acredita-se que esses fatos estiveram intimamente ligados a motivação do crime.
Em Tomé, a organização comunitária continua na resistência tentando prosseguir com o legado deixado por Zé Maria. Iniciativas contra a contaminação da água e a luta por moradia digna tem sido encaminhadas pelo movimento local. Pesquisas feitas na região,atestam que existe entre os moradores a compreensão sobre a contaminação da água, bem como a conquista de uma determinação do Ministério Público para que a comunidade seja abastecida por carros pipa.
Toda a mobilização impulsionada a partir do assassinato de Zé Maria tem alcançado conquistas importantes ao conectar as/os trabalhadores rurais do Apodi com articulações nacionais, e aos processos de luta que denunciam o agronegócio como modelo excludente de desenvolvimento implantando no Brasil. Por toda essa repercussão, o clamor por justiça segue pulsando no movimento comunitário do Tomé, nos militantes pela reforma agrária e em ambientalistas que somam suas vozes a da família do agricultor assassinado.
A luta de Zé Maria atingia diretamente os interesses do agronegócio na região. “Sabemos que há muitos interesses para que não se identifique os executores e mandantes, mas os movimentos sociais e organizações de Direitos Humanos mantém a pressão para que esse crime não permaneça impune.”
Segundo relatos dos movimentos sociais, quando a investigação estava em Limoeiro do Norte, a Delegacia Regional não tinha a estrutura necessária dar suporte a investigação e estava suscetível a influencias dos grupos políticos e empresariais locais. Com a pressão dos movimentos foi possível provocar o deslocamento do inquérito para a Divisão de Homicídios, em Fortaleza. Agora, esperam que a investigação seja concluída em breve. O próximo passo será acompanhar o processo criminal e a expectativa é de que os réus sejam julgados pelo Tribunal do Júri.
Portanto, realizando uma comparação com a região de Irecê, se observa  um destaque  para a contaminação das águas subterrâneas por  uso  indiscriminado de agrotóxicos, embora em outros  proporções ( em face das diferentes estruturas agrárias). A luta ambiental na região vem sido desenvolvida principalmente.
A partir da história da luta de Zé Maria do Tomé, destaca-se alguns pontos que orientam uma possível comparação com a realidade local – território de Irecê -, a saber:
1 – Pulverização aérea
 Pratica utilizada em áreas extensas de monocultivo agrícola devido a viabilidade econômica, já que implica em baixo emprego de mão de obra e otimização do tempo.Dada a inexistência  nesta região de áreas com tamanhos que justifiquem tal pratica, não se pode estabelecer uma comparativo direto neste quesito.
2 – Contaminação do solo e água
As substancias contidas na maioria dos agrotóxicos agem causando o empobrecimento do solo no que se refere a minerais, mircro fauna do solo. Estudos desenvolvidos como a empresa da EMBRAPA  comprovam que a estrutura do solo tem sido alterada e considerando o alto numero de poços artesianos que abastecem comunidades locais rurais, infere-se a existência da contaminação direta das águas utilizadas para o consumo humano.
3 – Luta Ambiental
Assim como na chapada do APODI no território de Irecê também se constatam movimentos de resistências ao uso de agrotóxicos –  IPÊ TERRAS que vem desenvolvendo um trabalho de conscientização e pratica ambiental através da permacultura.

Em face das particularidades de cada região,ainda existe um diferente nível de sensibilização da população. Se faz necessário a morte de alguma liderança local para que haja uma maior mobilização concernente a causa?



BIBLIOGRAGIA






Nenhum comentário:

Postar um comentário