UNEB - UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA
DCHT CAMPUS XVI – IRECÊ
PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO E MEIO
AMBIENTE
COMPONENTE: DEVASTAÇÃO FLORESTAL
DOCENTE: EDVALDO
DISCENTES: ANDRÉ PIRES MACIEL; CÁSSIO
CUNHA DOURADO, TÁBATA FIGUEIREDO DOURADO, MARCOS LEAL, KELI CARINE NUNES,
EDIMAR, CHARLEANDRO MACHADO E CLARISSA BASTOS.
A
HISTÓRIA DE
ZÉ
MARIA DO TOMÉ
Irecê – Ba
Janeiro/2013
DISCENTES: ANDRÉ PIRES MACIEL; CÁSSIO
CUNHA DOURADO, TÁBATA FIGUEIREDO DOURADO, MARCOS LEAL, KELI CARINE NUNES,
EDIMAR, CHARLEANDRO MACHADO E CLARISSA BASTOS.
A
HISTÓRIA DE
ZÉ
MARIA DO TOMÉ
Este trabalho visa
demonstrar a história de Zé Maria do Tomé, líder comunitário, ambientalista e
microempreendedor da Chapada do Apodi , (CE).
Irecê – Ba
Janeiro/2013
Presidente da Associação dos
Desapropriados Trabalhadores Rurais Sem Terra da Chapada do Apodi, José Maria
morreu aos 44 anos, deixando esposa e três filhos. Combativo, junto com a
organização comunitária do Tomé, denunciou a contaminação indiscriminada por
agrotóxicos da água consumida pela comunidade, o problema de moradia enfrentado
por uma parte das/os trabalhadas/res rurais da região, e a apropriação indevida
de terras pertencentes à União por empresas de agroexportadoras de frutas.
Pouco antes do assassinato, a
comunidade do Tomé travava uma forte batalha contra a pulverização aérea. Em
2009, haviam conseguido aprovar uma lei municipal proibindo esse tipo de
pulverização, entretanto, a pressão de políticos e interesses econômicos levou
o prefeito de Limoeiro – também fruticultor - a apresentar outro projeto de lei
para revogar a conquista popular encampada por Zé Maria. Acredita-se que esses
fatos estiveram intimamente ligados a motivação do crime.
Em Tomé, a organização comunitária
continua na resistência tentando prosseguir com o legado deixado por Zé Maria.
Iniciativas contra a contaminação da água e a luta por moradia digna tem sido
encaminhadas pelo movimento local. Pesquisas feitas na região,atestam que existe
entre os moradores a compreensão sobre a contaminação da água, bem como a
conquista de uma determinação do Ministério Público para que a comunidade seja
abastecida por carros pipa.
Toda a mobilização
impulsionada a partir do assassinato de Zé Maria tem alcançado conquistas
importantes ao conectar as/os trabalhadores rurais do Apodi com articulações
nacionais, e aos processos de luta que denunciam o agronegócio como modelo
excludente de desenvolvimento implantando no Brasil. Por toda essa repercussão,
o clamor por justiça segue pulsando no movimento comunitário do Tomé, nos
militantes pela reforma agrária e em ambientalistas que somam suas vozes a da
família do agricultor assassinado.
A luta de Zé Maria
atingia diretamente os interesses do agronegócio na região. “Sabemos que há
muitos interesses para que não se identifique os executores e mandantes, mas os
movimentos sociais e organizações de Direitos Humanos mantém a pressão para que
esse crime não permaneça impune.”
Segundo relatos dos
movimentos sociais, quando a investigação estava em Limoeiro do Norte, a
Delegacia Regional não tinha a estrutura necessária dar suporte a investigação
e estava suscetível a influencias dos grupos políticos e empresariais locais.
Com a pressão dos movimentos foi possível provocar o deslocamento do inquérito
para a Divisão de Homicídios, em Fortaleza. Agora, esperam que a investigação
seja concluída em breve. O próximo passo será acompanhar o processo criminal e
a expectativa é de que os réus sejam julgados pelo Tribunal do Júri.
Portanto, realizando uma
comparação com a região de Irecê, se observa
um destaque para a contaminação
das águas subterrâneas por uso indiscriminado de agrotóxicos, embora em
outros proporções ( em face das
diferentes estruturas agrárias). A luta ambiental na região vem sido
desenvolvida principalmente.
A partir da história da
luta de Zé Maria do Tomé, destaca-se alguns pontos que orientam uma possível
comparação com a realidade local – território de Irecê -, a saber:
1 – Pulverização aérea
Pratica utilizada em áreas extensas de
monocultivo agrícola devido a viabilidade econômica, já que implica em baixo
emprego de mão de obra e otimização do tempo.Dada a inexistência nesta região de áreas com tamanhos que
justifiquem tal pratica, não se pode estabelecer uma comparativo direto neste
quesito.
2 – Contaminação do solo e água
As substancias contidas
na maioria dos agrotóxicos agem causando o empobrecimento do solo no que se
refere a minerais, mircro fauna do solo. Estudos desenvolvidos como a empresa
da EMBRAPA comprovam que a estrutura do
solo tem sido alterada e considerando o alto numero de poços artesianos que
abastecem comunidades locais rurais, infere-se a existência da contaminação
direta das águas utilizadas para o consumo humano.
3 – Luta Ambiental
Assim como na chapada do
APODI no território de Irecê também se constatam movimentos de resistências ao
uso de agrotóxicos – IPÊ TERRAS que vem
desenvolvendo um trabalho de conscientização e pratica ambiental através da
permacultura.
Em face das
particularidades de cada região,ainda existe um diferente nível de
sensibilização da população. Se faz necessário a morte de alguma liderança
local para que haja uma maior mobilização concernente a causa?
BIBLIOGRAGIA
Disponivel em: http://www.brasildefato.com.br/node/9449-
consultado dia 11/ 01/2013.
Disponivel em: http://blogs.diariodonordeste.com.br/valedojaguaribe/tag/chapada-do-apodi/
consultado dia 11/01/2013
Disponivel em: http://cspconlutas.org.br/2012/07/nota-de-entidades-do-movimento-social-sobre-denuncia-do-mpe-aos-acusados-do-assassinato-de-ze-maria-do-tome/
consultado dia 11/01/2013
Disponivel em : http://www.espacobanal.com.br/2011/04/um-ano-da-morte-de-ze-maria-do-tome.html.
consutado dia 11/o1/2013.