quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Mais fotos da Aula de Campo - Uibaí

 Isabel - Acervo do Grêmio Voz do Povo
 Início da trilha: a árvore com curativo. [ que ideia ótima!]
 Pausa no oásis
 Motivação: vai, que será moleza!!
 Esta foto, segundo Esmênia, representa bem nosso post...
 Vista do cânion

 A cachoeira: base 2.

 Nesse trecho, Ana Karina e Graça quase não conseguiram chegar!
 Tábata, que foto bonita!
Pausa pro lanche.

Fotos postadas por: Esmênia, Isabel, Neide, Ana Karina, Lindinei.

domingo, 28 de outubro de 2012


BIBLIOGRAFIA COMENTADA:

RADIOATIVIDADE NATURAL DA REGIÃO DE IRECÊ – BA

Aline Alves de  Melo, Andréia Barbosa, Manoela Levi e Roza Amélia Cambuí

Resumo:

Segundo a Revista Brasileira de Geociências, Volume 22 (Junho 1992), em pesquisa realizada descobriu-se na região de Irecê no estado da Bahia uma radioatividade natural em rochas e solos. Portanto, a radioatividade natural das rochas tem sido objeto de numerosos estudos, tanto no Brasil quanto no exterior, visando aplicações de valor econômico e estratégico e em várias áreas de geociências, especialmente pela sua utilidade nos métodos geocronológicos (métodos que permitem  calcular a idade  de determinada rocha ou mineral), através da razão isotópica entre os vários elementos radioativos. Neste trabalho foram coletadas 70 amostras de rochas e solo da região de Irecê, que após análises principalmente por espectrometria gama apresentaram perfis cintilométricos cobrindo uma área de 10.000 km2, constituída essencialmente de metassedimentos carbonáticos, também com teores de urânio, tório e potássio consideráveis e concreções ricas em óxidos de ferro e manganês.


Justificativa:

A finalidade desta pesquisas feitas com metodologia experimental foi avaliar no município de Irecê – Ba,  no que tange o contexto geológico da região, os elementos radioativos naturais encontrados em suas rochas e solos, determinando seus elementos e seus teores para fornecer dados adicionais em relação as suas características, visando determinar o comportamento desses elementos na sedimentação e na alteração dessas  sob condições do clima semi-árido.

Para medir a radioatividade natural nas rochas e solos da região de Irecê, selecionaram amostras principalmente das áreas compreendendo as bacias do rio Jacaré (ou Vereda) e do rio Verde, ambos de regime intermitente, afluentes da margem direita do rio São Francisco. No entanto, como para verificar a radioatividade natural das rochas envolve um número grande e variado de técnicas experimentais, isto a depender da finalidade a que se destinam tais medidas e condições impostas pelo ambiente geológico. Logo, optaram principalmente pela técnica de espectrometria gama em laboratório, cuja finalidade era localiza e caracteriza anomalias radioativas e também realizar mapeamento de unidades geológicas por serem muito mais penetrantes e assim podendo ser detectadas a algumas centenas de metros de altura na atmosfera.

Segundo, os resultados obtidos para os perfis cintilométricos demonstram aparentemente uma grande homogeneidade no fundo ambiente  (back-ground)  de radiação gama da região estudada. Os valores obtidos situam-se entre 45 e 80 cps (pulsos por segundo), raramente ultrapassando 60 cps, sendo 50 cps o valor médio encontrado. Além de evidenciar esta aparente homogeneidade no fundo ambiente de radiação gama, estes resultados indicam concentrações em elementos radioativos relativamente baixas dos solos e rochas aflorantes. As determinações dos teores de urânio, tório e potássio das rochas e solos, efetuadas em laboratório, são portanto essenciais para confirmar tais resultados.

Portanto, os solos da região de Irecê apesentam de um modo geral, baixos teores de urânio. Tanto os perfis cintilométricos quanto as medidas realizadas por espectrometria gama confirmam tal fato. Os teores de tório são relativamente elevados. Os teores de potássio obtidos em rochas e solos são equivalentes. Observa-se um enriquecimento em elementos radioativos nos perfis de solo, havendo urna "concentração" destes elementos no material de alteração, certamente devido à conhecida fraca solubilidade do tório e no caso do urânio, seja devido à absorção deste elemento pelas argilas de alteração, seja devido a um processo de migração deste elemento nos perfis de solo. Altos teores de urânio foram determinados em amostras de concreções ferruginosas, sendo estes resultados sempre associados a elevados teores de oxido de manganês. Por outro lado, teores elevados de tório foram constatados em amostras de concreções cujos teores em óxidos de ferro eram também mais elevadas. Entretanto, teores anormalmente elevados de urânio em águas subterrâneas da região foram anteriormente constatados, e sugere-se a hipótese de que estes altos teores de urânio em alguns dos poços subterrâneos tenham como origem a dissolução de concreções também anormalmente ricas em urânio.

Comentário:

No entanto, ainda faz-se necessário no presente estudo a determinação dos coeficientes de correlação entre os teores de um número maior de amostras a fim de investigar os agrupamentos de afinidade geoquímica e discriminar, se for o caso, vários processos geoquímicos responsáveis pelas distribuições das concentrações observadas.


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA:

AMARAL, G. & KAWASHITA, K. 1967. Determinação da idade do Grupo Bambuí pelo método Rb-Sr. In: CONOR. BRAS. GEOL., 21. Curitiba, 1967. Anais... Curitiba, SBG. p. 214-217.

BEDMAR, A.P.; SILVA, A.B.; JARDIM, F.G.; OLIVEIRA. L.B. 1980. Contribuição de diversas técnicas isotópicas no estudo do aqüífero cárstico da região central da Bahia (Irecê-Itaquara).  Rev. Bras. Geoc.,10:103-116.

CHERDYNTSEV, V. V. 1971. Uranium 234. Translated from Russian. Jerusalem, Israel program for Scientific Translations. 234 p.

É preciso ter consciência ambiental


O homem possui uma relação direta com a natureza, necessitando dela para sua própria existência. Portanto precisam entender como ela se desenvolve e é por meio da atuação coletiva e individual, intervindo no funcionamento excludente e desigual das economias capitalistas, que os grupos sociais hoje vulneráveis podem ampliar a democracia e a cidadania. Dessa forma, invertem o processo de exclusão social e de degradação das bases vitais do planeta, com novos padrões culturais cujos valores propiciem repensarmos na natureza e na sociedade (GOULD, 2004).

GOULD, K. A. Classe social, justiça ambiental e conflito político. In: ACSELRAD, H.;HERCULANO, S.; PÁDUA, J. A. (Org.). Justiça ambiental e cidadania. Rio de Janeiro: UFRJ, 2004.

sábado, 27 de outubro de 2012

BIBLIOGRAFIA COMENTADA:
AGRICULTURA, DEGRADAÇÃO AMBIENTAL E DESERTIFICAÇÃO NA REGIÃO DE IRECÊ-BA.

Elení Pereira Couto

Este trabalho tem por objetivo fazer uma análise buscando a relação entre agricultura, degradação ambiental e desertificação no semi-árido, destacando a região de Irecê. Além deste objetivo apresenta-se o de identificar a relação existente entre a irrigação e a desertificação e manter diagnósticos atualizados sobre a realidade geográfica das áreas propensas à desertificação na região de Irecê.
Neste sentido, entende-se que os objetivos levantados buscam trabalhar de maneira a traçar inicialmente uma linha de entendimento de como acontece o fenômeno da degradação, quais fatores contribuem para o desencadeamento, a relação entre estes fatores potenciais de causa do fenômeno. Isso, na tentativa de aproximação específica das causas no intuito de propor possíveis saídas para ampliação das pesquisas e consequentemente buscar soluções mitigadoras para reduzir os impactos causados pela desertificação.
Percebe-se nesse trabalho que em um contexto geral o tema desertificação é datado desde o final dos anos 30, pois nessa época começam a surgir espaços com semelhanças de deserto, locais onde as similaridades de deserto se ampliavam. Dentro disso consta-se que o primeiro passo em relação a redução dos impactos da desertificação iniciou ao final da grande seca que assolou o Shael entre 1968 e 1974.

Em uma conjuntura mais próxima e específica fica notório que com o avanço da agricultura na região de Irecê, áreas palntadas até mesmo nas serras, e a prática de trabalhar o solo sem deixá-lo em períodos de “descanso”, acarreta o fenômeno que as vezes é mal interpretado. Ou seja, é recorrente não se relacionar o fato da desertificação com o mau uso do solo, mas relacioná-lo à seca. Neste contexto, ocorre que certas áreas encontram-se em processo de desertificação (ou mesmo desertificadas), e não se tem o entendimento real da dimensão desse fato, porque também há uma má compreensão de que uma área neste processo, necessariamente tem que “um deserto”.

Assim, é pertinente ressaltar a definição de desertificação, que é "a degradação da terra nas regiões áridas, semi-áridas e sub-úmidas secas, resultante de vários fatores, entre eles as variações climáticas e as atividades humanas" (OLIVEIRA, APUD AGENDA 21 E DA CONVENÇÃO DA DESERTIFICAÇÃO). Logo, fica evidente que o fato tem alguns agravantes. Dentre eles nota-se que em um contexto amplo, que vai do geral ao específico, a ação humana tem impulsionado o processo que tende a aumentar, o que deixará muitas áreas praticamente sem remedição e consequentemente improdutivas se não houver medidas de educação e prática ambiental.   

Então, para que ocorra a desertificação muitos fatores vão contribuir. Pensando somente na questão econômica (histórica), no lucro exacerbado, implanta-se cultivos inapropriados para o tipo de solo e condições climáticas, desencadeando assim o problema. Os interesses econômicos, muitas vezes escusos são um entrave no que se refere ao planejamento de ações preventivas para o fenômeno da desertificação. Esses interesses levam ao uso inadequado do solo, que quando atingido pelos fatores naturais sofre danos as vezes irreparáveis.

A região de Irecê, por ter classificação semi-árida está bastante propensa ao problema da desertificação. E como dito anteriormente, a ação humana atrelada aos interesses econômicos dá vazão a esse acontecimento. Junta-se as condições climáticas com ações humanas movidas pelo lucro, formando um ambiente propício para o desenvolvimento do problema.

Dessa forma, compreende-se que o interesse econômico, o lucro também gera problemas e prejuízos de ordem econômica, pois com o uso inadequado do solo busca-se riquezas, mas o preço desta é a desertificação, a qual acarreta baixa ou nenhuma produção, além de demandar um gasto significativo para a recuperação das áreas afetadas. Isto irá refletir negativamente na questão econômica e consequentemente na social. Paga-se um preço alto por ações que se arrastam historicamente sem soluções efetivas.


REFERÊNCIA

OLIVEIRA, Carlos Ney Nascimento de. Agricultura, Degradação Ambiental e Desertificação na Região de Irecê-Ba.

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Acabamos de chegar do Projeto de Restauração Florestal Grota do Mané José. Passamos lá a noite, oito pessoas, tentando combater um incêndio.
Lamentavelmente o fogo varreu do mapa o Brejo de Cima e se espalhou nas duas margens da grota, subindo as serras. Sem controle, as chamas estão devorando a vegetação seca. O vento forte não abranda a sensação térmica de mais de 50% nas proximidades do fogo e espalha a tragédia.
Para quem conhece um pouco o drama que vive nossa serra e tem preocupações com a preservação do meio ambiente em Uibaí, esta é a pior notícia que se poderia publicar.
Com relação à Grota do Mané José temos duas certezas neste momento: 1ª. Vamos tentar descobrir se esse incêndio foi criminoso e identificar o culpado; 2ª. Vamos recomeçar e replantar tudo, tantas vezes quantas forem necessárias.

Edimario, pelo RaízesdaSerra (via facebook)


quarta-feira, 24 de outubro de 2012

ÁRVORES NATIVAS DA CAATINGA E PROJETO DE RESTAURAÇÃO FLORESTAL GROTA DO MANÉ JOSÉ


No dia 20 de outubro de 2012 ocorreu o segundo módulo da disciplina Gestão ambiental do curso de Especialização em Educação e meio ambiente, através de uma atividade de campo  realizada em Uibai, município próximo a Irecê, cidade pólo do curso oferecido pela UNEB  no estado da Bahia.
A ação integrou uma das modalidade didáticas previstas para o curso a  excursão ambiental que  integra os saberes téoricos do componente curricular a vivência prática em relação aos avanços e desafios na gestão de uma área de Caatinga. 
 
A participação do coordenador do Raízes da Serra, o senhor Edmário com a apresentação do bem sucedido "PROJETO DE RESTAURAÇÃO FLORESTAL GROTA DO MANÉ JOSÉ" proporcionou ao grupo a experiência sobre a gestão de  projetos e ações ambientais. Para a execução da aula de campo alguns aspectos foram contemplados como:  exposição oral com explicações geográficas, históricas, legais,  dos recursos naturais da área e as questões econômicas que envolvem a gestão de um projeto. O ápice da visita ocorreu com a realização de trilha orientada pelo coordenador do projeto, indicando as questões ambientais em campo. 
 
A explanação e apresentação da Caatinga, através da experiência do projeto descrita por Edmário, foi de extrema relevância para a compreensão da vulnerabilidade da caatinga e os riscos de degradação ambiental para essa vegetação. 
 
Entre algumas das tarefas concluidas na trajetória a identificação das espécies nativas da caatinga e a sua relação com as comunidades que cercam o projeto demonstrou o sentido e valor da preservação para o grupo de estudo da Universidade do Estado da Bahia.
 
Entre as espécies nativas utilizadas na recuperação da área que abrange o projeto encontramos:  1. Zizyphus joazeiro Mart., conhecido como Juá, Juazeiro, 2. Schinus terebinthifolia Raddi, conhecido como aroeira, 3. Anacardium occidentale L., conhecido como caju, 3. Enterolobium contortisiliquum (Vell.) Morong, conhecido como tamburil ou orelha-de-macaco, além de divesas espécies do gênero Hymenaea conhecido como Jatobá entre outras espécies.
 
 
A estiagem prolongada na região, as estratégias para a manuntenção das mudas no período de seca e o desaparecimento de algumas das nascentes da região, bem como o esforço, competência e dedicação do grupo Raízes da Serra, liderados pelo Edimário significou um marco para a aprendizagem da turma  e como experiência de vida para o grupo.
 
 
Foram dez horas de trabalho desde a saída  até o retorno. Os estudantes que participaram do percurso dedicaram grande empenho com especial atenção para a prova de resistência física, superação do cansaço, sede, calor,  altas temperaturas, além do impacto da observação das áreas que  estão degradadas e no início da recuperação.  Todos esses fatores, integraram-se ao desenvolvimento do registro fotográfico e escrito dos aspectos ambientais pelos alunos.
 
Dessa forma, parabenizo a turma de especialização da UNEB, campus XVI em Educação e Meio ambiente pela responsabilidade assumida e cumprida, ao grupo Raízes da Serra e Edimário pelo exemplo de cidadania e preservação ao meio ambiente e a cidade de Uibaí pela acolhida.
Elizangela
 
 
 
 


 

Biologia da Conservação: ciência da crise


Bem, galera ai esta parte de um texto descrito por este autor  Rodrigues, E. no qual escreveu um livro denominado de Biologia da Conservação: Ciência da crise que fala da conservação, como fazer e porquê. Gostei muito deste livro, comprei e esta disponivel para aquele que se interessar é muito bom e recomendo para quem quer trabalhar ou trabalhar na área de preservação ambiental copiei parte de um  texto e coloquei para vcs degustarem.
um forte abraço!

 POSTADO POR: Tailma dos Santos

Biologia da Conservação: Ciência da crise

Efraim Rodrigues, Ph.D.


Resumo
A ciência da Biologia da Conservação foi desenvolvida como uma resposta à crise de extinção de
espécies que o mundo enfrenta atualmente. A Biologia da Conservação é uma síntese de diferentes
disciplinas, como Ecologia, Biologia de Populações, Antropologia, Taxonomia, e outras, todas enfocadas
na prevenção da extinção de espécies. O Desenvolvimento de uma Biologia da Conservação Brasileira
depende de encontrar um compromisso entre os problemas sociais e a grande biodiversidade no país.
Três projetos que conseguiram alcançar bons resultados no Brasil são descritos. O Projeto TAMAR, o
Mamirauá, e um livro texto sobre biologia da conservação.


A extinção de espécies e suas conseqüências 

o vasto patrimônio que é o conjunto de todas asespécies e comunidades naturais da Terra está sob risco iminente. Extintas as espécies, serão afetadostambém todos os processos naturais que que guardam  relações com estas espécies, como ciclagem denutrientes, erosão, polinização e dispersão de sementes. O evento de mega-extinção por que passa nossoplaneta coloca todo estes processos em risco, e junto com eles, muitas atividades humanas que dependemdeles. A extinção de espécies implica em última última instância, em aceleração do aquecimento global,em menor eficiência da agricultura e na redução do  potencial turístico de muitas áreas. Assim, o que é negativo para a diversidade biológica será mais cedo oumais tarde negativo para a espécie humana.


O que é Biologia da Conservação

A biologia da conservação é uma ciência multidisciplinar que foi desenvolvida como resposta  à crise com a qual a diversidade biológica se confrontaatualmente. Ela surgiu uma vez que nenhuma das disciplinas tradicionais aplicadas sãoabrangentes o suficiente, para tratar das sérias ameaças à diversidade biológica. A biologia da agricultura,silvicultura, de gerenciamento da vida selvagem e da piscicultura ocupam-se basicamente do desenvolvimentode métodos para gerenciar umas poucas espécies para fins mercadológicos e de recreação. Essas disciplinas geralmente não tratam da proteção de todas as espécies encontradas nas comunidadesou as tratam como um assunto secundário. A biologia da conservação complementa as disciplinas aplicadasfornecendo uma abordagem mais teórica e geral para a proteção da diversidade biológica; ela difere das outras disciplinas porque leva em consideração, em primeiro lugar, a preservação a longo prazo de todas as comunidades biológicas e coloca os fatores econômicos em segundo plano. 
  Sob vários aspectos, a biologia da conservação é uma disciplina de crise. As decisões sobre assuntos
relativos à conservação são tomadas todos os dias, muitas vezes com informação limitada e fortemente pressionadas pelo tempo. A biologia de conservação tenta fornecer respostas a questões específicas aplicáveis a situações reais. Tais questões são levantadas no processo de determinar as melhores estratégias
para proteger espécies raras, conceber reservas naturais, iniciar programas de reprodução para manter a variação genética de pequenas populações e harmonizar as preocupações conservacionistas com as necessidades do povo e governo locais. Os biólogos e outros conservacionistas de áreas afins, são pessoas adequadas para fornecer a orientação que os governos, as empresas e o público em geral necessitam quando têm de tomar decisões cruciais. Embora alguns biólogos conservacionistas possam hesitar em fazer recomendações sem ter conhecimento detalhado das especificidades de um caso, a urgência de muitas situações pede decisões com base e em determinados princípios fundamentais de biologia.

A biologia da conservação fundamenta-se em alguns pressupostos básicos (SOULÉ, 1985). Esses pressupostos representam um conjunto de asserções éticas e ideológicas que sugerem abordagens científicas
e aplicações práticas. Embora nem todas essas asserções sejam aceitas inequivocamente, a aceitação
de uma ou duas já é razão suficiente para justificar os esforços em favor da conservação.
 
1. A diversidade dos organismos é positiva. Em geral, as pessoas gostam da diversidade biológica. As centenas de milhares de pessoas que visitam os zoológicos, parques naturais, jardins botânicos e aquários a cada ano, são prova do interesse do público em geral na diversidade biológica. A variaçã genética das espécies também tem apelo popular, como é demonstrado nas exposições de cães e gatos, exposições agropecuárias e de flores. Tem-se especulado, inclusive, que os seres humanos têm uma predisposição genética para gostar da diversidade biológica, chamada biofilia (WILSON, 1984; KELLERT e WILSON, 1993). A biofilia teria sido vantajosa para o estilo de vida “caça e coleta” que o ser humano viveu durante
centenas de milhares de anos antes da invenção da agricultura. Uma grande diversidade biológica teria lhe proporcionado uma variedade de alimentos e outros recursos, protegendo-o das catástrofes naturais e da fome.

2. A extinção prematura de populações e espécies  é negativa. A extinção de espécies e populações
como conseqüência de processos naturais é um acontecimento normal. Através dos milênios do tempo geológico, as extinções das espécies têm sido equilibradas pela evolução de novas espécies. Da mesma forma, a perda local de uma população é geralmente compensada pelo estabelecimento de uma nova população através de dispersão. Entretanto, a atividade humana aumentou mil vezes o índice de extinção. No século vinte, virtualmente todas as centenas de extinções conhecidas de espécies de vertebrados, assim como os presumíveis milhares de extinções de espécies de invertebrados, foram causadas pelo ser humano.
 
3. A complexidade ecológica é positiva. Muitas das propriedades mais interessantes da diversidade biológica aparecem apenas em ambientes naturais. Por exemplo, as relações ecológicas e de coevolução existentes entre as flores tropicais, beija-flores e ácaros que vivem nas flores. Os ácaros utilizam os bicos dos beija-flores como um “veículo de transporte” para ir de flor em flor (COLWELL, 1986). Tais relacionamentos nunca teriam sido descobertos se os animais e as plantas estivessem morando isoladamente em zoológicos e jardins botânicos. As estratégias fascinantes de animais do deserto para obter água não teriam sido conhecidas se os animais estivessem vivendo em jaulas com água à vontade.

Semina: Ciências Agrárias, Londrina, v. 23, n. 2, p. 261-272, jul./dez. 2002

DESAFIOS ECONÔMICOS PARA A CONSERVAÇÃO AMBIENTAL


 POSTADO POR TAILMA DOS SANTOS 

 DESAFIOS ECONÔMICOS PARA A CONSERVAÇÃO AMBIENTAL

Desde a regulamentação das primeiras letras legais ambientais no país, na década de1960 (como é o caso do Código Florestal), os instrumentos de política ambiental vêm sendo paulatinamente aprimorados. Se num primeiro momento existia um forte viéscentralizador, tendo a figura do Estado como precursor, criador e controlador da maior parte destes instrumentos – caráter associado a aspectos conjunturais no momento da
promulgação das leis que originaram os códigos de recursos naturais1 do país, mais recentemente passou-se a investir em mecanismos econômicos, em especial àqueles voltados à exploração da “eficiência alocativa” do mercado – como apontam os mecanismosde desenvolvimento limpo preconizados pelo Protocolo de Kioto. 
Neste contexto, surgemdiversas indagações sobre a maneira com que a economia incorpora as questões ambientais ou, indo mais além, de como as preocupações com a conservação ambiental poderiam se inserir efetivamente na agenda político-econômica. Tais questões se associam de algum modo às definições como as de sustentabilidades fraca e forte, economia ambiental e economia ecológica. Esta última surgindo como uma crítica aos pressupostos da economia neoclássica, supostamente incorporados à economia ambiental.
Por outro lado, o modus operandi social tem mostrado a existência de lacunas e demandas que se abstraem desta discussão teórica. O país vem experimentando diversos modelos de sustentabilidade, ainda que em escala reduzida, objetos de projetos demonstrativos de matizes variados. 
Assim, a necessidade de institucionalização de experiências exitosas coloca um importante desafio aos gestores públicos que atuam em conservação ambiental. Dentro desta perspectiva, a análise crítica dos instrumentos da política ambiental brasileira, especialmente de seus condicionantes econômicos, é tarefa fundamental.
O momento atual traz algumas oportunidades para estas reflexões e para a inserçãode novas possibilidades em termos de instrumentos econômicos para políticas públicasem meio ambiente. Está em curso uma revisão do Manual de Inventário Hidrelétrico, que determina a concepção de novas usinas ou do arranjo destas nas bacias com potencial de geração hidroenergética. A nova versão deste Manual poderá incorporar algumas demandas ambientais há muito discutidas junto ao setor. No que concerne à questão florestal, foi criado recentemente o Serviço Florestal Brasileiro, a partir da Lei de Gestão de Florestas Públicas, a qual possui desdobramentos econômicos significativos para a conservação ambiental. Encontra-se em discussão, no Conselho Nacional de Meio Ambiente – CONAMA, a regulamentação dos mecanismos de compensação por danos ambientais, especialmente no que tange ao investimento em recuperação de áreas degradadas. Na mesma direção, discute-se o pagamento por serviços ambientais (PSA), com possíveis repercussões no investimento em Unidades de Conservação. A Lei de Crimes Ambientais, que está próxima de completar uma década de sua promulgação, tem passado por uma “prova de fogo” nos últimos anos, e já apresenta resultados ambíguos: se por um lado foram efetuadas algumas ações exemplares em termos da aplicação da Lei (como a prisão de diretores de empresas que incorreram em crime ambiental), por outro, a maior parte
dos valores exigidos em multas ambientais baseadas na Lei não foi efetivamente paga.
Esta edição da revista Megadiversidade contempla parte destas reflexões. Ainda que não se pretenda esgotar tais assuntos, os trabalhos ora apresentados são importantes contribuições para o debate e aprimoramento das políticas públicas em meio ambiente,especialmente sob seus aspectos econômicos.


Wilson Cabral de Sousa Jr.
Paulo Gustavo do Prado Pereira
EDITORES CONVIDADOS

MEGADIVERSIDADE | Volume 2 | Nº 1-2 | Dezembro 2006

terça-feira, 23 de outubro de 2012

O planeta em rota de colisão

Claudia Batista Freire


“Uma compreensão dos temas ambientais globais exige a mediação entre o imediato e o mediato, entre o próximo e o distante, entre o mais sentido e o menos sentido, entre o privado e o público, entre o pessoal e o político, entre o individual e o organizativo, entre a exclusão e a presença na sociedade civil, entre um horizonte de compreensão e outros, entre um eu, um tu e um nós, entre o micro e o macro”.
Gutiérrez e Pietro



Atualmente tem-se debatido bastante a questão da crise ambiental em que o mundo se encontra, diversos grupos da sociedade em todo o mundo têm-se mobilizado para reconhecer, entender e reverter este conflito. A comunidade científica chegou a um consenso de que a humanidade alterou e continua alterando substancialmente o clima do planeta. Muitos desastres ecológicos têm ocorrido em todas as partes do mundo, afetando drasticamente a vida do ser humano.

Sabe-se que a civilização depende do meio ambiente natural, não apenas para energia e materiais, mas também para a realização dos processos vitais para a manutenção da vida, como os ciclos do ar e da água (ODUM, 1988). O homem tem praticado muitas alterações no meio ambiente, estes vem interferindo nos processos vitais para a sobrevivência do planeta e causado grandes problemas ambientais. Entende-se aqui por meio ambiente tudo o que cerca o ser vivo, que o influência e que é indispensável à sua sustentação; estas condições incluem solo, clima, recursos hídricos, ar, nutrientes e os outros organismos. Este não é constituído apenas do meio biótico e abiótico, mas também do meio sócio-cultural e sua relação com os modelos de desenvolvimento adotados pelo homem.

Os problemas ocorrentes no meio ambiente estão todos conectados, não podem ser estudados separadamente, cada coisa na terra está atrelada com as outras coisas. Para Capra (1996) todos os membros de uma comunidade ecológica estão interligados numa vasta e emaranhada rede de relações, a Teia da vida. Assim, todos os problemas que estão ocorrendo na Teia da vida são sistêmicos, isto é, estão interligados e são interdependentes. A concepção de que tudo no planeta depende um do outro está cada vez mais na mente humana, isto porque foi preciso parar de estudar as partes e estudar o todo pra entender a crise ambiental que se instalou no mundo.

A degradação ambiental não se iniciou em períodos recentes, é decorrência de ações que vem ocorrendo através da história. Alguns estudiosos acreditam que isto vem ocorrendo há muito tempo e é fruto de pensamentos anteriores, mas não se pode deixar de questionar o momento histórico que estes pensamentos foram desenvolvidos. Na Idade Média a natureza era respeitada, porque era vista como uma divindade, só era extraída dela o necessário para a sobrevivência das comunidades. Com a Revolução Científica (Séc. XVI e XVII) o pensamento da sociedade foi modificado, grandes pensadores da época acreditavam que a natureza existia para servir o homem.

No século XVII, Descartes e Newton surgem com idéias que separavam o homem da natureza. O pensamento cartesiano, como fica conhecido estas idéias, são bastante defendidas por Descartes, que criou o método do pensamento analítico (compreender o comportamento do todo a partir das suas partes), e comprovadas por Newton, que consegue explicar todos os fenômenos ambientais matematicamente, chegando à conclusão de que a natureza é igual a uma máquina.

Vários pensamentos, concepções e formas de estudar a relação do homem com a natureza já foram definidos. Saindo do pensamento mecanicista, reducionista ou atomística que teve início com Descartes para o pensamento sistêmico atual, a ênfase no todo, também conhecida como holística ou ecológica. Que tem permitido a humanidade entender várias questões, como os problemas ambientais. Para os ecofilósofos o pensamento que se baseia na superposição de que o homem está no topo da natureza, ou seja, que somos os senhores da natureza, coloca em risco toda a vida do planeta, para estes a nossa civilização tomou o caminho errado e se encontra em rota de colisão com que este planeta é capaz de agüentar (GAARDER, 1995).
O reconhecimento da crise ambiental já é um grande passo. E é preciso compreender que as leis básicas da natureza não foram revogadas, apenas suas feições e relações quantitativas modificaram, à medida que a população humana mundial e seu prodigioso consumo de energia aumentaram nossa capacidade de alterar o ambiente (ODUM, 1988).
Os primórdios do movimento para avaliar a crise ambiental confundem-se com as primeiras discussões engendradas pelo Clube de Roma na década de 60 (ODUM, 1988). Este era constituído de 30 indivíduos, entre eles cientistas, pedagogos, economistas, humanistas, industriais e funcionários públicos nacionais e internacionais, representantes de dez países. Que se reuniram no intuito de debater a crise atual e o futuro da humanidade.

Desde então vários grupos de discussões sobre a problemática ambiental tem ocorrido em todo o mundo. Atualmente o principal assunto debatido tem sido o aumento da temperatura do planeta. A mudança climática envolve interações múltiplas entre distintos processos como o clima, ambiente, economia, sociedade, instituições e desenvolvimento ecológico (CUNHA, 2004).

O aumento da temperatura tem sido conseqüência principalmente da destruição da camada de ozônio, que possui importante papel na regulação do clima da Terra. Dois acordos internacionais foram adotados na década de 80 no intuito de proteger esta camada, a Convenção de Viena para a proteção da camada de ozônio e o Protocolo de Montreal sobre substâncias que esgotam a camada de ozônio. O primeiro tem como objetivo principal a proteção da saúde humana e do meio ambiente contra os efeitos nocivos das alterações da camada de ozônio; já o Protocolo tem como principal objetivo estabelecer etapas para a redução e proibição da manufatura e uso de substâncias degradadoras da camada de ozônio.

Já na década de 90 outro protocolo, o Protocolo de Kyoto, foi assinado por causa de outro grande problema que tem afetado bastante o clima do planeta, a aceleração do efeito estufa. Este tem como objetivo a redução de gases que aceleram este efeito. Este e outros Protocolos e Convenções estão em vigor e discutem a questão do aquecimento global.

Lovelock (1991) ao defender sua Teoria Gaia, afirma que a Terra é um ser vivo, a biosfera do planeta é capaz de gerar, manter e regular as suas próprias condições de meio ambiente, ela cria as condições para a sua própria sobrevivência. Este acredita que qualquer espécie que afete negativamente o ambiente, tornando-o menos favorável para sua descendência, acabará sendo expulsa. É o que acontecerá com a espécie humana se o homem não preservar o nosso planeta. Nós, seres humanos temos que entender que: "o homem não teceu a teia da vida, ele é apenas um fio dela; o que fizer para a teia estará fazendo para si mesmo" (SEATLE apud BOFF, 2006).

Como foi escrito na Carta da Terra nós temos o poder de escolha, ou formamos uma aliança global para cuidar da Terra e uns dos outros, ou arriscamos a nossa destruição e a da diversidade da vida. São necessárias mudanças fundamentais dos nossos valores, instituições e modos de vida. Temos a obrigação de entender que quando as necessidades básicas forem atingidas, o desenvolvimento humano é primariamente ser mais, não, ter mais. (CARTA DA TERRA - DESAFIOS PARA O FUTURO). É preciso religar-se com a Teia da vida, isto é, construir, nutrir e educar comunidades sustentáveis, nas quais possa satisfazer nossas aspirações e nossas necessidades sem diminuir as chances das gerações futuras (CAPRA, 1996).

Nossos desafios ambientais, econômicos, políticos, sociais e espirituais são sistêmicos e suas soluções só surgiram a partir da união e comprometimento de todos os humanos do planeta.

REFERÊNCIAS

BOFF, L. Sociedade de Sustentação da Vida. (27 de janeiro de 2006). Disponível em: . Acesso em: 27 de mar de 2007.

CAPRA, F. A teia da vida: Uma compreensão científica dos sistemas vivos. São Paulo: Editora Cultrix, 1996.

CUNHA, et. al. Construindo a necessária capacidade de lidar com as mudanças climáticas globais e respectivos impactos em agricultura e na alimentação. Passo Fundo: Embrapa Trigo, 2004.6 p. html. (Embrapa Trigo. Documento Online; 35). Disponível em: http://www.cnpt.embrapa.br/biblio/do/p_do35.htm

GAARDER, J. O mundo de Sofia: romance da história da filosofia. São Paulo: companhia das Letras, 1995.

MMA. Ministério do Meio Ambiente. Carta da terra. Disponível em: . Acesso em: 26 de mar de 2007.

ODUM, E. P. Ecologia. Rio de Janeiro: Editora Guanabra Koogan S.A., 1988.

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Morro da Fome

Jussara-BA também tem belezas naturais, essa foto mostra o "Morro da Fome", segundo alguns estudiosos se trata de um Morro Testemunho, ou seja, Morro ou elevação topográfica que se destaca em uma superfície de aplainamento como um relevo residual não aplainado. Como o próprio nome sugere, trata-se de uma montanha ou morro isolado. Nesse dia, fizemos uma pedalada com cerca de 30 alunos e subimos o Morro da Fome para apreciar a paisagem vista lá de cima. Embora exista muitas lendas e um ar de "ponto turístico" sobre esse lugar no imaginário dos moradores de Jussara, não existe nenhuma política pública ambiental de preservação desse espaço.

LIXÃO EM JUSSARA-BA

Essa imagem retrata a realidade de muitos municípios da região, onde o lixo é descartado de maneira inadequada. Os restos de animais que foram abatidos são jogados a céu aberto, sem nenhuma política pública ambiental. Desta forma, a construção do Aterro Sanitário (de uso coletivo) na Região de Irecê será uma alternativa para a redução dos impactos provocados pelo descarte aleatório do lixo. Maraysa Alves Dias

domingo, 21 de outubro de 2012

Aula de campo da Pós em Ubiauí/ Tailma e Marcos leal



























ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA - UM NOVO OLHAR


ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA - UM NOVO OLHAR

Disciplina: Gestão Ambiental
Professora: Maria Elizangela Junqueira
Alunos: Tailma dos Santos  e Marcos Leal

O Programa Saúde da Família, PSF, entendido hoje no Brasil como Estratégia Saúde da Família, teve início oficialmente, em 1994 pelo Ministério da Saúde inspirado nas experiências desenvolvidas em outros países como Cuba, Inglaterra, Canadá entre outros, como um pressuposto para sua  implantação nos municípios Brasileiros. Este vem com o objetivo de reorganizar  a atenção básica no Brasil, aumentando  a acessibilidade ao sistema de saúde com as ações de prevenção e promoção á saúde. Sendo que a expansão da Estratégia da Saúde da Família, inicia-se especialmente a partir de 1998, com ampliação quantitativa e geográfica da cobertura, pelo progressivo aumento do número de municípios, estados e regiões no país que se aderem ao programa. Estando visível esta expansão do Programa Saúde da Família, surge  a  Portaria Nº 399, de 28 de Março de 2006, onde os recursos passam a ser direcionado a algumas estratégias e principalmente a saúde da família contribuindo assim para uma maior intensidade. PSF tem como um dos seus fundamentos  o acesso universal e contínuo a serviços de saúde de qualidade, reafirmando os princípios básicos do SUS: universalização, equidade, descentralização, integralidade e participação da comunidade - mediante o cadastramento e a vinculação dos usuários com os agentes comunitários de saúde local,  através das visitas domiciliares diárias juntamente com a equipe de saúde   ( médicos, enfermeiros, técnicos em enfermagem, odontologos, assistente saúde bucal) proporcionando uma saúde preventiva  para mais perto da família, na perspectivas de  atribuir uma melhor qualidade de vida a população daquela comunidade e diminui a superlotação dos hospitais e clinicas de maiores complexidades. Atualmente, o país conta com 38 mil UBSs, 32,3 mil Equipes de Saúde da Família, 249 mil Agentes Comunitários de Saúde, 21,3 mil Equipes de Saúde da Família com Profissionais de Saúde Bucal e 1.525 NASFS. Entretanto, estes números acima descritos ainda são pequenos e insuficientes para desenvolver um atendimento com qualidade e suprir as necessidades da população. Salvador entendida como a terceira maior capital do Brasil hoje, possui apenas com 17% de cobertura em todo o território, sendo esta de baixíssima quanto a sua extensão territorial e para agravar ainda mas os problemas são  poucos agentes comunitários entre outras situações. Mediante a Portaria Nº 399, de 28 de Março de 2006, a quantidade mínima para compor uma equipe de saúde de agente comunitário é seis. Entretanto encontramos poucas equipe completa o que dificulta grandemente o trabalho dos profissionais e o acesso dos usuários de maneira confortável  a saúde já que estes são entendidos como a porta e entrada dos usuários na unidade contribuindo para a o aumento e concentração dos usuários nas unidades de auta complexidade descumprindo mas uma vez o que prega a lei orgânica da saúde brasileira  lei 8080/90 quanto a descentralização, promoção a saúde  preventiva  no Brasil .
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    CONSIDERAÇÕES FINAIS
Mediante a tanta necessidade o primeiro passo já foi dado, a implantação e o acesso da comunidade a saúde preventiva.  Portanto, reorganização da Saúde básica no Brasil  é prioridade, tendo como bandeira  Estratégia  Saúde da Família no quesito para tal reorganização. Entretanto, se faz necessário não somente a construção de novas unidades e a implementação de novos projetos, mas a abertura de novos  concursos para mas Agentes Comunitários se Saúde atingindo assim a cobertura total em todas as áreas podendo atender aos princípios das leis e aos objetivos proposto  pelo seus gestores que é a saúde preventiva.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Ministério da Saúde: http://www.saude.gov.br/bvs
                                 http://www.saude.gov.br/dab